À medida que as eleições se aproximam, parece que a violência e as ameaças contra líderes políticos se tornam quase inevitáveis. E se você acha que cada atentado é um evento único e preocupante, bem… pode estar certo, mas e se parte disso for puro teatro? Vamos analisar alguns casos para entender o show de “atentados” que muitas vezes domina os noticiários e conquista manchetes dramáticas.
Quando a Política se Mistura com o Drama
Em uma época onde cada gesto é filmado, cada palavra ganha milhares de curtidas e a eleição se tornou um palco de guerra digital, o atentado político se tornou uma espécie de “carta coringa”. Para alguns candidatos, alegar ser alvo de perseguição virou o passe para entrar no jogo da “vitimização eleitoral”. A fórmula é simples: se você está atrás nas pesquisas, um susto estratégico, como um “atentado” (de preferência, com câmeras e testemunhas prontas para relatar o “drama”) pode ser a chave para uma virada.
Dos “Atentados” Mal Explicados às Suspeitas de Auto-Sabotagem
Alguns casos são tão “coincidentes” que chega a ser irônico. Candidatos de repente passam a relatar ameaças intensas, invasões e até tentativas de assassinato, muitas vezes sem que haja qualquer pista concreta. Só para citar um exemplo, no período eleitoral de 2018 no Brasil, houve uma onda de candidatos alegando ter sido vítimas de tentativas de atentado — alguns, com alegações muito vagas ou sem provas. E o que geralmente acontece depois? Uma enxurrada de publicações emocionadas, lágrimas nos debates e uma mudança súbita de opinião pública.
Para alguns analistas, a criação de atentados fictícios se tornou um novo e conveniente instrumento de marketing político. A alegação de um “atentado” cria uma aura de “candidato perseguido” que, em muitas circunstâncias, gera uma avalanche de solidariedade pública. Mas será que a intenção é realmente denunciar uma perseguição ou apenas “reacender” a popularidade?
Uma Ironia do Destino: O Eleitor como Protagonista Manipulado
Em meio a uma batalha eleitoral, o eleitor é forçado a consumir cenas que poderiam sair diretamente de uma novela dramática. Afinal, quem ganha com essas histórias mal contadas? E, mais importante: quanto da realidade estamos de fato testemunhando e quanto estamos sendo convencidos a acreditar em uma narrativa cuidadosamente desenhada?
Com o ciclo eleitoral se repetindo, seria interessante ver a resposta pública mudar. Se o eleitor olhar com desconfiança cada atentado “oportuno” que surge do nada, talvez as campanhas tenham que se esforçar mais para convencer com políticas reais.
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