Durante voo nesta terça-feira (4), o advogado disse ao ministro Lewandowski que o “STF era uma vergonha”. O magistrado não ficou nada satisfeito, questionou se Cristiano queria ser preso e pediu aos comissários da aeronave que chamassem agentes da Polícia Federal.

Lewandowski, afirmou, por meio de sua assessoria, que ao presenciar ato de injúria contra o STF, o ministro sentiu-se no dever funcional de proteger instituição, acionando a autoridade policial. O advogado foi conduzido pela PF, prestou depoimento, e foi liberado logo em seguida.

Essa não é a primeira vez no Brasil que uma autoridade constituída pede a prisão de um cidadão por expressar sua opinião de forma enfática, ora ríspida. Temos que entender que o Brasil é um estado democrático de direito e a liberdade de expressão deve ser respeitada. Ainda sobre essa polêmica destaca-se a divisão de opiniões tanto para o ato de manifestar por parte do advogado quanto a ação do ministro que muitos afirmam excesso de força na solicitação da prisão a Polícia Federal.

“Quem fiscaliza o Supremo? Quem faz alguma coisa com a conduta do ministro? Quem vai cuidar deste abuso de poder que o ministro cometeu ontem?”, indagou o advogado Cristiano Caiado de Acioli, de 39 anos, em entrevista ao “Café com Jornal” nesta quarta-feira (5).

Questionado pelo jornalista da “Rede Bandeirantes” se ele pretende tomar alguma ação judicial contra o ministro Ricardo Lewandowski. O advogado respondeu:

“Eu gostaria de ver o impeachment do ministro Lewandowski e eu vou até o final nisso. Ele não tem o decoro para ocupar este cargo. A toga é muito pesada para ele”, respondeu Cristiano.