É de conhecimento comum que a bissexualidade não é bem aceita por todos, inclusive isso existe dentro do movimento LGBTQ+. Estranho, não?
Através de uma entrevista concedida ao UOL, Reinaldo falou abertamente sobre a sua sexualidade e gerou um debate intenso na internet sobre como os bissexuais são vistos.
Gianecchini afirmou que teve romances com homens e que, apesar disso, não se considera gay. “Minha sexualidade não cabe numa gaveta”, declarou o ator.
O “B de LGBT” ficou em primeiro lugar nos trends topics do Twitter e, por incrível que pareça, não foi por Giane assumir ser bi, mas sim porque muitas pessoas o criticaram por não se assumir gay.
O bizarro é que, mesmo nos dias atuais, ainda é tão difícil enxergar a bissexualidade como tal. Qual é o verdadeiro problema em não escolher um “lado”?
As críticas em grande parte vieram de pessoas de dentro do movimento LGBT. Muitos gays querem ditar a sexualidade alheia, principalmente as de homens de bi.
Em contra partida, o outro lado não se salva. Pessoas bi são sexualizadas, principalmente mulheres. Homens costumam levar a bissexualidade de uma mulher para o lado de que “posso ter duas”. Vou contar um segredo para vocês, homens emocionados, não é assim que as coisas funcionam.
Ou simplesmente acham que ser bi é estar confuso. Há até quem diga que namorar um bi é ter duas chances de ser traído. Outro segredo: traição está ligada unicamente ao caráter.
A bifobia é algo que temos que lutar contra diariamente, mas isso nunca vai surtir efeito se não vier de dentro do movimento. O preconceito com pessoas bi tem que ser combatido de dentro para fora, parar de destruir a visibilidade bi. O B de LGBT não é só um enfeite.
Particularmente, assim como o Reinaldo Gianecchini, a minha sexualidade também não cabe numa gaveta. E a sua?
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