Os funcionários do Metrô de São Paulo decidiram em assembleia ontem à noite não fazer greve nesta terça-feira (30). Dessa forma, todas as linhas do Metrô funcionarão normalmente a partir das 4h40, como de costume.
Os metroviários agendaram nova assembleia para a segunda-feira (6) para deliberar se farão greve no dia 7, caso as negociações com a companhia não avancem.
A decisão foi tomada após a categoria concordar com os termos de audiência de conciliação realizada à tarde na sede do TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região). “O TRT fez uma série de ponderações, e nós decidimos retomar as negociações e não fazer greve agora”, disse ao UOL Wagner Fajardo, coordenador do sindicato.
Metrô pediu policiamento
Durante a assembleia desta noite, os funcionários manifestaram repúdio à postura do diretor-presidente do Metrô, Silvani Pereira, que, em ofício datado de hoje ao comando da Polícia Militar, pediu policiamento para o dia de amanhã em estações, pátios e prédios administrativos da companhia.
Segundo o Sindicato dos Metroviários, a direção do Metrô se antecipou à decisão de não entrar em greve tomada à noite pelos trabalhadores, que rechaçaram a iniciativa por entender se tratar de uma “investida contra as liberdades de manifestação e expressão”.
Estado de greve
Desde o começo do mês, funcionários têm usado coletes vermelhos nos trens e nas estações reivindicando aumento salarial. O Metrô ofereceu até agora apenas a reposição da inflação nos salários e nos vales-alimentação e refeição, e o sindicato diz que isso não representa aumento salarial real. Além da inflação, a entidade pede mais 19,1% de gratificação.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo também quer que a companhia:
– equipare salários entre trabalhadores que exerçam a mesma função;
– continue custeando 84% do plano de saúde (a empresa não quer renovar o acordo nessa porcentagem);
– aceite negociar o valor que será pago este ano de participação nos resultados.
Por Luciana Quierati
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