A pressão alta é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. No Brasil, cerca de 30% da população sofre com o problema que evolui quase sempre de forma lenta e sem sintomas.
A hipertensão arterial sistêmica representa uma das maiores causas de morbidade cardiovascular no Brasil e acomete 15% a 20% da população adulta, possuindo também considerável prevalência em crianças e adolescentes, representa alto custo social, uma vez que é responsável por cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce e absenteísmo no trabalho. A identificação e o tratamento de pacientes com hipertensão arterial sistêmica constituem um problema de saúde pública no Brasil.
Doenças cardiovasculares são a primeira causa de morte no mundo e segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que 17,7 milhões de pessoas morreram de doenças cardiovasculares em 2015, representando 31% de todas as mortes globais. Desses óbitos, estima-se que 7,4 milhões ocorrem devido às doenças cardiovasculares e 6,7 milhões devido a acidentes vasculares cerebrais (AVCs)
Além dos tradicionais fatores de risco, como predisposição genética, excesso de consumo sal, obesidade, tabagismo, vale destacar que o sedentarismo é um importante fator de risco, já que a maior taxa de mortalidade está entre os indivíduos com baixo nível de condicionamento físico. Modificações no estilo de vida, como a inclusão da prática de exercícios físicos e boa alimentação devem ser estimuladas.
O exercício físico é uma tática essencial tanto para a prevenção quanto para o tratamento dessa enfermidade.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia recomenda que os indivíduos hipertensos iniciem programas de exercício físico regular, desde que submetidos à avaliação clínica prévia,pois é necessário estabelecer a frequência cardíaca de treino, isto, porqueo exercício físico eleva naturalmente a pressão durante a prática, logo, quando a pessoa já sofre com hipertensão, necessita de certas precauções para evitar surpresas desagradáveis.
Os betabloqueadores, medicação comumente usada por quem tem hipertensão, podem influenciar a frequência cardíaca, variável importante para que seja feito um treino seguro. Por isso, é preciso alguns cuidados especiais e ficar atento à percepção de esforço e sintomas que surgirem durante o exercício.
A prática regular de exercício físico (de 3 a 6 vezes por semana) de intensidade moderada com sessões de 30 a 60 minutos de duração, realizados com frequência cardíaca entre 60% e 80% da máxima ou entre 50% e 70% do consumo máximo de oxigênio (ambos identificados através da avaliação clínica) geram efeitos fisiológicos (de médio e longo prazo), que resultam nos aspectos morfofuncionais diferenciando um indivíduo fisicamente treinado de outro sedentário, tendo como exemplos típicos a diminuição da frequência cardíaca de repouso, a hipertrofia muscular, a hipertrofia ventricular esquerda fisiológica, melhora do fluxo sanguíneo, aumento da sensibilidade insulínica das células, melhora do sono e o aumento do consumo máximo de oxigênio (VO2 máximo). Podendo resultar na diminuição e até mesmo na retirada dos medicamentos (em casos de pré-hipertensão).
Exercícios aeróbios tem como ponto forte o fácil controle na dosagem da intensidade, caminhada, corrida, ciclismo, natação, entre outros, são ótimas opções aeróbias.
O exercício com pesos, de carga leve à moderada, leva a formação de novos capilares sanguíneos, diminuindo a resistência periférica dos vasos e a sobrecarga ao coração e ainda aumenta a oferta de nutrientes, hormônios e oxigênio aos tecidos.
Mas atenção! A evolução deve ser de forma gradual e respeitando os limites individuais. Cuidado com práticas muito intensas, principalmente as que fazem o indivíduo prender a respiração, devem ser evitadas. Isso é comum, por exemplo, quando o sujeito levanta peso demais na academia.
Mantenha hábitos saudáveis, pratique exercícios, tenha uma alimentação balanceada e não consuma gordura saturada e sal (ou o mínimo possível). Tem gente que funciona muito bem de manhã, outros se sentem com mais disposição durante a noite. “A escolha do horário de treino depende principalmente da vontade do praticante. Evite se exercitar sob o sol forte ou em locais abafados, não deixe de beber água antes, durante e após os exercícios, use roupas confortáveis e não faça exercícios se estiver com dor de cabeça ou cansaço intenso. Mantenha-se firme e focado, pois você pode controlar essa doença se quiser.
Um forte abraço e até a próxima!
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